more about me Lee Jeehan nasceu em Seoul, mas sua vida sempre foi definida pelo oceano que separa a Coreia do Sul dos Estados Unidos. Seus pais se separaram quando ele era muito pequeno, e a infância se tornou um ciclo constante de voos intercontinentais: o ano letivo com a mãe, quieta e prática, em Seattle, e as férias com o pai, uma figura quase mítica de intensidade política, nas banjihas de Seoul e na Vila Guryong.A vida em Seattle era um estudo em contrastes. Após a separação, sua mãe casou-se com um engenheiro estadunidense, e a família ascendeu a uma confortável classe média suburbana. A casa cheirava a grama cortada e tinta nova, o carro na garagem era trocado a cada poucos anos, e a vida seguia um roteiro previsível e seguro. Enquanto isso, a casa do pai em Seoul cheirava a fumaça de carvão, chá forte e panfletos de assembléias. Foi nesse abismo que Jeehan cresceu: um menino quieto que entendia mais sobre teoria política do que sobre baseball, mas que sempre se sentiu um estrangeiro em ambos os mundos – muito coreano para os EUA, muito americano para a Coreia. O conforto de Seattle, longe de ser acolhedor, era uma crítica silenciosa e constante ao capitalismo que seu pai combatia.Sua adolescência foi um processo de afastamento silencioso. Enquanto o pai organizava protestos, Jeehan se refugiava na música que lhe deu o nome ocidental, Jerry Lee Lewis, e na arte digital. Foi nessa época que descobriu a arte digital, uma terra de ninguém onde podia construir seus próprios mundos, longe das expectativas de ambos os países e da grandiosa sombra paterna. Foi essa fuga que o levou à graduação em Arte e Tecnologia na JIA, em Seoul. Foi sua primeira tentativa de criar raízes no solo que ele, paradoxalmente, sempre partia.
| avisos |
|---|
| ooc: Ela/dela +21, topo vários tipos de plot desde que combinados. romance, smut e outros plots complexos - apenas com players igualmente +21. |
continuação Mas a arte pura, desconectada de um propósito, logo começou a parecer vazia. A imagem do pai, lutando por moradias reais para pessoas reais, o assombrava. Inibido pela ação direta, ele partiu para a teoria. Foi fazer um Mestrado em Filosofia na The New School, em Nova York, buscando nas palavras de Marx, Adorno e Rancière as ferramentas para entender a própria desconexão. Foi em Nova York que adotou um hábito que mudaria sua vida: as longas caminhadas. Inspirado pelos peripatéticos, ele descobriu que colocar o corpo em movimento era a única forma de ajeitar a mente embaralhada pela teoria excessiva. Era seu ritual para fugir da paralisia.Sua volta a Seoul para o doutorado não foi um marco de coragem, mas um daqueles "pequenos empurrões" que sempre direcionaram sua vida. Após terminar o mestrado, ele se sentia perdido. Foi então que, em uma videochamada com um colega de graduação da JIA, soube da abertura do novo programa de Doutorado em Teoria e Prática Artística. "Parece a sua cara, Jeehan", disseram. Sem um plano melhor e levado pelo fluxo da sugestão alheia, ele se inscreveu. Fez um projeto porque precisava e, quando foi aceito, encarou o feito não como uma conquista, mas como um acaso do destino – mais uma prova de sua "sorte" de impostor, e não de seu mérito.Agora, de volta a Seoul e ao programa de doutorado, ele se vê forçado a enfrentar o abismo que sempre o definiu. A exigência de unir a teoria à prática é um espelho de sua própria vida. Seu projeto, "Cartografias do Espaço Vazio", é a materialização dessa pergunta que ele não tem coragem de fazer em voz alta.Nos dias em que a pressão da tese e o peso da herança familiar se tornam grandes demais, Jeehan amarra os tênis e sai para correr. Seu ritual secreto é uma rota específica ao longo do Rio Han, preferencialmente ao amanhecer ou no crepúsculo. É no ritmo monótono de sua respiração e no som de seus passos contra o asfalto que ele, momentaneamente, silencia o ruído interno. É o único lugar onde teoria e prática, mente e corpo, parecem se encontrar em uma trégua frágil e temporária – e onde ele quase, mas só quase, acredita que pode encontrar o próprio caminho.
PERSONALIDADE Jeehan tem uma percepção aguçada dos padrões do mundo e sua sede de justiça social são ofuscadas por uma forta autocobrança e um persistente complexo de impostor. Ele processa tudo internamente, projetando uma serenidade distante enquanto acumula angústia até o limite. Apesar de se mover por "pequenos empurrões" e duvidar constantemente de seu próprio mérito, possui uma teimosia quieta que o impede de desistir. Sua vida é uma busca angustiada por um espaço autêntico onde seus ideais elevados possam, finalmente, encontrar uma forma concreta no mundo real.